Instituto Itaci é referência no tratamento do câncer infantil
O sonho começou ainda durante sua formação em Oncologia e Hematologia Pediátrica no Hospital referência St. Jude, em Menphis, Tennessee. De volta ao Brasil, ele iniciou uma jornada com inúmeras conquistas e a idealização de um centro de excelência. Hoje, o ITACI é uma referência no atendimento especializado à criança e ao adolescente com câncer e outras doenças hematológicas ou raras. A verba para manter o hospital vem 100% do SUS. As doações da iniciativa privada servem de caixa para medicamentos que não são disponibilizados pelo SUS, participação de médicos em congressos, compra de equipamentos, programas de humanização do hospital e reformas.
E tem um diferencial importante em relação a outras instituições nessa área: o atendimento a crianças e jovens fora de possibilidade terapêutica, que não puderam ser tratadas em outros hospitais por estarem em estado avançado da doença.
Sobre o ITACI
A criação do Instituto surgiu da parceria entre a Fundação Criança, a Ação Solidária Contra o Câncer Infantil e a Fundação Oncocentro de São Paulo, em 1999. Os primeiros passos começaram em dezembro de 2002, com o objetivo de dar atendimento mais adequado a pacientes com câncer com idade inferior a 18 anos, até então atendidos no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Mais de 10 anos depois, o ITACI se transformou em um grande complexo na área da saúde, que inclui também um centro de pesquisas e a escola de medicina. O atendimento prestado no ITACI é gratuito – a maioria dos pacientes chega por intermédio de unidades do SUS (Sistema Único de Saúde) ou do próprio Instituto da Criança – e envolve não só cuidados médicos e tratamentos com quimioterapia, mas também assistência de outros profissionais da saúde, como dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, entre outros.
Do total de pacientes atendidos pelo ITACI, 30% em geral vêm de outros estados e até países. Outros 30% aproximadamente são procedentes de outras instituições públicas que não têm condições de realizar o tratamento de casos mais avançados.
Avanços e melhorias
Em 2012 foi concluída a ampliação do hospital com investimento da Secretaria da Saúde (SES) e gestão da obra pela Fundação Faculdade de Medicina, para a construção de sete leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), seis leitos de Semi-Intensiva, seis leitos de transplantes de células-tronco hematopoiéticas, uma sala de pequenas cirurgias e dois leitos de recuperação pós-anestésica construídos entraram em um processo gradativo de ativação. Sendo que desde 2009, o ITACI possui dois leitos para a realização de transplantes de células tronco hermatopoiéticas.
Em 2014, pacientes de de transplante de medula óssea e, também, que necessitam de tratamento intensivo (UTI), ganharam uma nova ala de internação, instalada no primeiro subsolo do prédio do ITACI, com 19
novos leitos, com os quais o hospital dobrou sua capacidade de internação – passando para um total de 38 leitos.
Em 2015, foram instalados 19 leitos de Onco-Hematologia, 13 leitos de Terapia Intensiva e seis leitos de Transplante. E, durante 2016, serão feitas novas contratações, para possível ativação de todos os leitos.
Raio-X de Atendimento
Ano passado, foram realizados:
*16.316 consultas médicas
*17.282 consultas multiprofissionais
*5.479 quimioterapias
*37 transplantes (15 autólogos, 6 alogênicos aparentados, 16 alogênicos não aparentados)
Indicadores Hospitalares:
*90% de ocupação na Onco-Hematologia (média de permanência de 13,6 dias)
*80% de ocupação em Tranplantes (média de permanência de 31 dias)
*85% de ocupação no CTI (média de permanência de 8,9 dias
Parcerias do bem
Para as famílias que vêm de outros estados ou municípios distantes, muitas vezes é difícil achar um modo de permanência em São Paulo. Para deixar os pais próximos à criança tratada, existem casas de apoio que recebem o paciente e o seu acompanhante um lugar acolhedor para que esse elo familiar não seja interrompido pela distância. Os serviços de hospedagem, alimentação, transporte e assistência são gratuitos durante o período de tratamento.
Outra forma de atendimento é o Grupo de Apoio às Famílias em Luto do ITACI, criado em 2012, para acolher e dar assistência aos pais que perderam seus filhos vítimas de câncer. Trata-se de uma iniciativa de um grupo de voluntários, formado por uma equipe multiprofissional do ITACI, que conduz reuniões periódicas destinadas a confortar os familiares após a perda.
Há ainda a Ação Solidária, entidade filantrópica sem fins lucrativos, criada por um grupo de pais em 1984, com o objetivo de humanizar o tratamento da doença, realizando atividades de recreação ambulatorial, festas e bazares.
E também o Instituto Stella Demarco, que nasceu da observação do trabalho competente e carinhoso do Dr. Vicente Odone Filho com a pequena Stella, diagnosticada aos nove meses como portadora de neuroblastoma, um tipo de câncer. A iniciativa parabeniza o serviço incansável e extremamente humano do especialista, trabalhando sem parar para salvar crianças e amparar seus pais. “Não pudemos curar a Stella, mas agora estamos juntos para salvar Tiagos, Isabelas, Paulinhas, Pedros e Antônios”, promete Luís Fernando Demarco, pai de Stella.
Saiba mais: www.itaci.org.br